A Lei da Atração existe. O pensamento ou desejo é o primeiro estopim no processo criativo, mas isso não basta. É necessário entrar em sintonia com aquilo que se deseja. Para receber o amor, é preciso antes de tudo, amar. Para ser alegre, é necessário manifestar a alegria onde você estiver, praticando-a e desejando-a ao próximo. O universo não ouve palavras frívolas, nem acata pensamentos inconsistentes.
A lei da atração responde a todas as vibrações que nós emitimos e não tem critério para discernir se o que nós atraímos é bom ou ruim para nós e para o mundo. Portanto, cabe-nos o cuidado na seleção de nossos sentimentos e de nossas emoções, permanecendo-nos alertas às vibrações que nós oferecemos ao Universo.
Quando você ouve uma música que o agrada muito, você está oferecendo ao cosmos uma vibração de intensidade elevada e positiva. Quando se entristece pela falta de um ente queiro que está longe, automaticamente sua freqüência energética abaixa a níveis perigosos. Como a Lei da Atração não faz distinção entre o bem e o mal, você acaba atraindo aquilo a que a sua freqüência de vibração estiver conectada. Sentimentos de alegria atraem circunstâncias e acontecimentos felizes, sentimentos de tristeza geram mais eventos tristes em sua vida. Dessa forma, criamos o bem e o mal que experimentamos quase que inconscientemente, em virtude das circunstâncias que ocorrem espontaneamente, oriundas do meio em que vivemos. Sempre o que irá perpetuar em sua experiência, será a soma daquilo que mais ocupa a sua consciência.
Atraímos para a nossa vida aquilo em que nos concentramos mais, seja essa a soma do produto de fatores desejados ou indesejados. Através da execução dessa Lei invariável, co-criamos aspectos de nossa vida, continuamente, através da concentração que colocamos em cada aspecto de nossa vida. Criticar o mal alimenta o mal. Apreciar as coisas boas alimenta e multiplica o bem. Essa é a Lei a qual todos estamos sujeitos por causa da força de atração inerente à nossa personalidade criadora.
A Fonte Universal manifesta o que sentimos. Refletimos como espelhos aquilo que nós mesmos emitimos. Então, nosso sentimento verdadeiro é lido e interpretado literalmente pela Sabedoria Universal, que nos dá um retorno proporcional àquilo que enviamos de forma emocionalizada ao mundo que nos cerca, quase sempre multiplicado, de acordo com os princípios universais básicos de expansão e crescimento. Assim sendo, deve-se tomar muito cuidado ao aplicar as técnicas de controle mental ou métodos de ativação da Lei da Atração em sua vida. Desejar uma coisa e sentir outra pode reforçar o sentimento e produzir conseqüências desastrosas. Ao se desejar saúde, motivada por um temor pelas doenças, acarreta um sentimento negativo que provavelmente atrairá doenças, já que o poder da emoção é muito maior que a força do pensamento ou do desejo. Com muita sabedoria, há milhares de anos um homem escreveu uma frase espantosamente verdadeira que retrata o que acabamos de frisar: "O Que eu temo me sobrevém e o que receio me acontece". Tal frase faz parte de um dos livros da Bíblia atribuído ao profeta Jó. Pense bem nisso: o que tememos, irremediavelmente atraímos. Eu (Francisco Ferreira), ansioso por utilizar O Segredo prematuramente no início de meus estudos na década de 90, muitas vezes, senti na pele a amarga experiência de obter exatamente o contrário daquilo que eu imaginava com grande esforço e nenhum sentimento concreto. Muitas vezes, tentei abandonar o caminho, por perceber quão difícil é a tarefa de mudar os padrões de pensamentos, hábitos e crenças, sem os quais não se pode mudar os sentimentos e as emoções capazes de colocar o princípio criativo em funcionamento, de forma consciente.
Há que se levar em conta, ainda, que uma grande parte de tudo aquilo que desejamos não está de acordo com as nossas verdadeiras aspirações. Os nossos ideais são, na maioria das vezes, mascarados por outros desejos profanos e por nossas necessidades momentâneas de auto-afirmação. Nem sempre eles expressam os verdadeiros sonhos que nascem da alma. Por isso, a maioria das iniciações místicas tem como princípio básico o autoconhecimento. As escolas de sabedoria quase sempre solicitam que o aspirante tenha a coragem suficiente para olhar para dentro dele mesmo, com uma visão crítica e observadora, admitindo-se como um ser portador de defeitos e virtudes. Só a partir da admissão de sua dualidade luminosa/sombria, pode um homem iniciar o seu crescimento e a sua evolução em um sentido mais profundo e verdadeiro. Através do reconhecimento de si mesmo é que o homem pode saber que o bem e o mal estão dentro dele. E, que pode optar por seguir seus instintos e enveredar-se por um caminho desastroso ou lapidar sua personalidade inferior, com persistência e determinação. Só através da limpeza interna dessas escórias de sua personalidade, pode tornar-se cada vez mais alinhado com o Princípio Criador que é Bem-Estar e Harmonia.
Buscai primeiro o Reino de Deus e todas as outras coisas que necessitas vos serão dadas por mérito, já dizia o Grande Mestre Jesus.
(Francisco Ferreira)